Cola cum Fróis

Escrevo pela necessidade de me livrar das palavras | @_dudufrois

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

#DesafioDia22

Outro dia que chove, outro dia de colar na quadrinha pra jogar bola, outro dia pra postar aqui. Começando a ficar cansativo já... rs

Outro poema do Solano Trindade também, gênio! Virei fã agora. Rainhas e Escravas define a época em que vamos chegar agora, o carnaval. É quando as mulheres negras são vistas, admiradas pelo talento, "riquíssimas de ritmo e de sexo". Como no concurso da Globeleza que rolou esses tempo aí. Rainhas por três dias. Apenas. Esse reinado não dura até a quarta-feira. E que depois do carnaval, voltam a ser escravas. Infelizmente, esse reinado ainda não dura. Pelo menos na tv não mesmo...

Tim Maia! Que delícia é ouvir as músicas desse cara! Márcio Leonardo e Telmo fala dos dois "filhos" de Tim, claro, com muito swing e soul, que já é de praxe. O destaque vai para o baixo, a guitarra e os metais que sempre abrilhantaram suas canções. A música ainda profetiza a futura carreira de Márcio Leonardo. Extremamente dançante, e a cara de Tim; a track tem um único defeito: ser curta.


Vi uma reportagem-documentário na internet, feita nessa semana, sobre a medida tomada por Haddad este mês de reinserir o viciado em crack na sociedade, dando-lhes apoio e emprego. Na TV Folha #98 - As gírias da Cracolândia, os repórteres conversaram de maneira bem próxima com usuários da droga. Foi feita uma interação mais afundo, com 3 ou 4 usuários contando suas histórias e seu cotidiano, enquanto fumavam a pedra. O jeito como é abordado o assunto, dando voz aos moradores da Cracolândia, é muito bonito, bem feito. Misturam ainda no vídeo depoimentos de sociólogos com o desabafo dos moradores do bairro onde se instaurou a Cracolândia, além de registrarem uma visita do prefeito ao local, já com os usuários trabalhando. É de comover tamanha a gravidade da situação das pessoas que lá vivem. Um exemplo simultâneo de excelente jornalismo e triste realidade.

Sigo escrevendo sobre os sambas de 2014, vez agora do Rio de Janeiro. Falta é tempo. Mas esse mês tá tudo aí.

Li um texto do Leonardo Sakamoto que ironiza de forma tão direta e acentuada a argumentação vazia de que: maconha faz mal, logo deve ser proibida. Ali, Sakamoto aponta de maneira inteligente outras diversas coisas (e diversas MESMO) que fazem parte do nosso dia-a-dia neste mundo capitalista do consumo, e que fazem tão mal quanto a erva, estigmatizada como coisa do demônio. Assim, além de ajudar a combater ao conservadorismo engessante da classe que apoia a repressão e criminalização da droga, ele expõe o quão hipócrita é o discurso dessa gente "de bem" e que afirma que seu corpo "é um templo". Maconha faz mal, bem mesmo faz cerveja e calabresa frita, né?

Emprestei minha chave, abri o portão e tranquei depois.

Quero viajar, escrever outras fitas. Até que tô cumprindo legal o desafio. Até amanhã!

Nenhum comentário:

Postar um comentário