Cola cum Fróis

Escrevo pela necessidade de me livrar das palavras | @_dudufrois

domingo, 19 de janeiro de 2014

#DesafioDia19

Se ontem eu estava cansado, hoje estou quebrado. Por completo. Dói o corpo todo. Mas férias é pra isso né?

Outra poesia do Bandeira, do mesmo livro da de ontem, hoje foi a vez de Versos de Natal. A obra aborda a reflexão de um homem, que no natal se vê corroído pela vontade de retornar-se a viver como um menino. Ou então, que mostra que aquele menino sempre esteve dentro do homem. E para refletir isso, Manuel Bandeira usa uma linda metáfora com o espelho e os reflexos de quem nele olha. Um natal quase romântico.

Na área musical caiu no meu player hoje Amazonas, de João Donato. Quem disse que música precisa de letra? Instrumental puro. Puro! Com uma carinha de Brasil. Algo leve, que mistura batucada com sopros numa base de piano. Dá uma levada bem gostosa. Não sou muito fã de música instrumental. Mas ouvi três ou quatro vezes em seguida...


Na sessão de filmes, vi outro documentário hoje. MPB: A história que o Brasil não conhece. As filmagens se inspiraram num livro que foi publicado nos anos 40 e que contava os sucessos que a música nacional vinha provocando em todo mundo. De início até achei que fosse algo verdadeiro, mas depois, vendo o documentário, percebi que se tratava de um vídeo completamente irônico e bem humorado, não deixando de criticar o cenário musical em que estamos vivendo no Brasil. Mostra-se ali, que desde os anos 80 a música popular brasileira perdeu sua identidade e passou a ser moldada conforme as gravadoras e os produtores bem entendiam. Lá surgia o apoio dos veículos de comunicação em massa nas músicas de qualidade duvidosa, prontas para o sucesso. O documentário chega a ser bem engraçado em alguns momentos, mas acho que faltou um pouco mais de crítica real (ao invés da forma irônica) às músicas ruins que nos impõem involuntariamente. Não deixa de ser uma teoria da conspiração bem feita. Não deixa de ser uma prova de amor a nossa música boa.

Voltei a escrever poesia suburbana, literatura marginal. Tô enferrujado. Mas é só pra tirar a caneta do ócio. Preencher as lacunas das linhas do caderno.

Li uma matéria no Observatório Imprensa muito boa a respeito da mudança de alvo da mídia nos últimos dias. Lá, recordava-se o cuidado que todas as grandes famílias donas das empresas de comunicação do Brasil tiveram com Gilberto Kassab nos últimos anos, quando escândalos de corrupção chegaram a pessoas muito próximas ao ex-prefeito. Foi observado um cuidado imenso dessas famílias com a imagem de Kassab, na época recém fundador de seu partido que se mantinha neutro (nem governista, nem oposição). Agora, com o apoio de seu partido ao PT num possível segundo turno das eleições deste ano, as manchetes de jornal mudaram completamente. O Observatório prova isso colocando frente a frente as capas dos dois principais jornais brasileiros, Folha e Estadão. São quase idênticas, quase o mesmo texto na manchete, e com o mesmo conteúdo. Quem quiser conferir, basta ler a manchete da Folha de S. Paulo e a do Estado de S. Paulo no dia de hoje (domingo, 19) e observar a união da grande mídia para jogar o povo contra o Governo Federal atual. Enquanto isso o cartel do metrô é abafado...

Quase não fiquei em casa hoje, mas o tempo que fiquei fiz meu café.

E assim segue mais um dia, o mais cansativo, sem dúvidas. Agora é recarregar as baterias (inclusive do celular) até amanhã de manhã. Quero acordar noutro pique.

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