Cola cum Fróis

Escrevo pela necessidade de me livrar das palavras | @_dudufrois

terça-feira, 9 de outubro de 2012

O Invasor


Mais cinema. Mais cinema nacional.

Após fazê-lo em prosa, o autor, e roterista do longa; Marçal Aquino, adaptou a história para a telona. Com direção de Beto Brant, O Invasor, foi lançado em 2001. O filme, que por sinal é muito bom, foi premiado dentro e fora do país, porém merecia um reconhecimento maior da crítica. Destaque para os papéis de Paulo Miklos e Marco Rica. E para a bela estréia de Mariana Ximenes nas telonas.




O enredo é iniciado com três amigos, que antes de tudo são sócios de uma empreiteira. Estevão (George Freire), Ivan (Marco Rica) e Gilberto (Alexandre Borges) administram um negócio de sucesso. Porém numa sociedade na qual vivemos em que o poder e o dinheiro são atraentes ao ponto de superarem amizades, houve quem quis aumentar seu faturamento com a queda de um sócio. Ivan e Gilberto planejam a morte de Estevão, contratando por indicação de um amigo, um matador de aluguel: o Anísio (Paulo Miklos). 

Anísio acaba matando Estevão e sua mulher, e não satisfeito com o dinheiro que Gilberto e Ivan lhe pagaram pelo feito, se envolve na construtora e na vida do assassinado. Anísio se aproxima de Marina (Mariana Ximenes), a filha de Estevão, e começa a frequentar a empreiteira; para desespero dos mentores do crime. Entre as diversas ótimas cenas de Anísio no filme estão a sua primeira visita a sala de Ivan na construtora, e a participação mais que especial de Sabotage, encarando o papel dele próprio. 

Apesar da diferença social dos dois, Anísio começou a se envolver com Marina, e proporcionaram bons momentos ao longa. Gilberto ainda se mostra seguro sobre a morte do ex sócio, entretanto Ivan se desequilibra emocionalmente. Há inclusive discussões entre os dois, que geram suspeitas de Ivan sobre o parceiro. Assim Ivan descobre que sua amante (Malu Mader) mantinha contato com seu amigo Gilberto, e não sabe o que fazer. Na cena seguinte Ivan aparece confessando todo o crime a alguém. Esse "alguém" era a polícia, que vai até Gilberto. Porém o delegado no caso era seu amigo, aliás a própria pessoa que o indicou Anísio como matador de aluguel. O filme acaba com esta cena, em que Ivan está visivelmente abalado dentro da viatura e; Gilberto, Anísio e o delegado estão lá fora descontentes com a atitude do rapaz.



O filme por si só é muito bom, com uma ótima sacada no final, na contramão da linha chata que o cinema vinha seguindo em seus desfechos. Vale ver e rever. Tendo com cenário a cidade de São Paulo, que nos proporciona todos os dias situações semelhantes. Ponto para o elenco e o roteiro. Uma leve crítica a fotografia e a sonoplastia, pois uma me pareceu um pouco fechada em determinadas cenas, principalmente de ação. E a outra soava como exagerada em algumas músicas, que nem sempre eram agradáveis de serem ouvidas em alto volume e por um longo tempo. 

O que fica do filme é que, o dinheiro compra pessoas, mata, destrói negócios e amizades. Que sobre tudo, não vale a pena botar em risco seus valores a troco da ganância e vaidade. Com tanto assunto legal assim, poderia até ter uma duração maior. Parabéns a produção! E que de vez em quando, ser um pouco do invasor Anísio, traz mais emoção e histórias para contar na vida... rs. 

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