Cola cum Fróis

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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Eleições 2012 - Acorda Brasil

Um pouco atrasado (mas nem tanto) venho aqui comentar sobre as eleições municipais de 2012. No último dia 7 de outubro ocorreram em todos as cidade brasileiras a eleição democrática de cargos públicos para prefeito e vereadores. Abaixo coloquei algumas sugestões minhas a política nacional, mesclando-as com charges, imagens e vídeos. Leia caro meu amigo interessado em gestão pública, e partilhe sua opinião nos comentários.

Não acompanhei a eleição em todos os municípios brasileiros (e nem se eu quisesse acompanhar conseguiria), mas vi alguns resultados de cidades mais próximas a mim e a minha vida pessoal. Acredito que a população tem mudado um pouco sobre seu voto. Partidos tradicionais aos poucos estão perdendo algumas prefeituras para partidos menores. Então formei minha opinião sobre o cenário político atual deste país.

Acho totalmente desnecessária esta quantidade exagerada de partidos políticos, sendo muitos deles sem ideais e metas, existindo apenas para servir de base a partidos maiores, os cedendo tempo de propaganda política gratuita. Assim os quase 30 partidos políticos revezam entre si apoio em diferentes coligações variando conforme a cidade brasileira. Particularmente acho que deveria haver um reforma política nacional envolvendo todos partidos, militantes e políticos.


Em São Paulo a disputa se concentrou entre os candidatos do PRB (Celso Russomano), do PT (Fernando Haddad) e do PSDB (José Serra) que obtiveram um índice de votos bem expressivo. Serra é conhecido da população paulista, já foi prefeito e governador. Era o favorito antes das pesquisas (as quais eu não confio e muito menos baseio o meu voto em seus resultados), porém chegou a oscilar até o resultado final em que foi levado ao 2º turno. O desconhecido Haddad foi apresentado ao povo através da força política de seu partido, e aos poucos foi conquistando os votos dos eleitores paulistanos até chegar ao segundo turno. Já Russomano é um candidato rodado por vários partidos, um conhecido apresentador de programas apelativos e populistas, na qual buscou através de sua fama de bom moço ser o prefeito da cidade.


O resultado é que PT e PSDB novamente decidirão uma prefeitura em segundo turno. Porém este cenário por pouco não ocorreu. Talvez farta desta polarização entre os dois partidos, a população distribuiu seus votos a candidatos tidos como bonitões ou salvadores dos problemas da cidade; como Russomano e Chalita. Soninha Francine (PPS) até alcançou melhor votação, mas continuou sem muita expressão nesta eleição. Já Giannazi (PSOL), Paulinho da Força (PDT), Levy Fidelix (PRTB), Ana Luiza (PSTU), Miguel (PPL), Eymael (PSDC) e Anaí Caproni (PCO) obtiveram fraco retorno nas urnas. Isto é o retrato do excesso de partidos no país, que geram muitas vezes pouca visibilidade a pequenos, porém sérios, partidos políticos. Uma imensa maioria dos eleitores da cidade desconhecem os candidatos por um todo, se lembrando apenas daqueles que mantêm uma articulação com a mídia, um maior tempo na tv e um investimento econômico superior na campanha. É visível que o povo quer acabar com essa polarização entre tucanos e petistas, mas que escolheu sem critério político os primeiros candidatos que apareceram na mídia, se esquecendo os de menor expressão, porém com boas idéias e propostas a cidade também.


Assim fica praticamente impossível eleger um prefeito em grandes cidades sem o apoio midiático, de outros partidos (mesmo que contra alguns princípios do partido do candidato) e sem uma grande verba. O eleitorado tem que selecionar melhor seu voto. Pode parecer clichê, e é, entretanto não se pode permanecer na mesma situação política do país. O voto precisa ser facultativo para TODA a população. O cidadão vota se quiser. Assim evitamos que muitas vezes aquele eleitor que vota só por obrigação desperdice seu voto com algum candidato qualquer, que ele tenha ouvido falar mais na tv.


Isso acontece principalmente com candidatos a vereadores. O eleitor muitas vezes acaba votando no primo do pai do melhor amigo de infância do vizinho da sogra dele somente por achar que seu candidato é uma boa pessoa, e desprezando suas ideias na política. As vezes nem conhece o candidato. Deveríamos votar para quem quisermos, e em qual cargo quisermos, e o mais importante: se quisermos. A obrigação torna a política mais chata e burocrática do que já é. Dificilmente um cidadão se interessaria por ela sem nenhum incentivo, e pela sua má repercussão de seus políticos. Despejando na urna posteriormente seu voto em qualquer um, descrendo ter o poder de escolher o futuro da cidade em que vive.


E o principal eu deixei para o final. É inimaginável que ainda não temos a política como matéria no ensino público. Que cidadãos estamos formando? Como um jovem sai da escola sem saber o norte da gestão pública em seu país? A educação e a política andam juntas! Não se pode deixar que saiam do ensino médio um brasileiro sem uma noção básica da política e sua história. Mas como todos já sabemos, nada disso ocorre pelo desinteresse dos encarregados: OS POLÍTICOS. Qual deputado iria favorecer o ensino público para melhorar o voto do eleitor no próximo pleito? Os do Brasil não, já que ganham com essa ingenuidade do povo.


O povo também pode ajudar muito, ao escolher melhor seus candidatos e acompanhar seu trabalho caso eleito. Gostar de política. E para quem não gosta, para que votar? Era nessa democracia que eu gostaria de viver!

Aqui exponho um vídeo no qual achei na internet muito interessante, mostrando de forma irreverente o modo como os candidatos buscam a qualquer curso iludir o eleitor em seu horário político (que inclusive também deveria ser totalmente reformulado!): 




Em São Paulo apoiaria as ideias de Carlos Giannazi do PSOL, que se trata de um partido de esquerda muito sério e pé no chão. Porém como no segundo turno estão somente os vermelhos e os azuis, fico na torcida para que Haddad leve essa, e não deixe a prefeitura novamente nas mãos de Serra.


"NO DIA EM QUE ACORDARMOS, OS GOVERNANTES NÃO IRÃO MAIS DORMIR!"

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