João, o Zero (Wagner Moura), é estressado e um pouco biruta, sendo um professor universitário que paralelamente desenvolveu um acelerador de partículas "escondido" em sua universidade na qual trabalha. Com auxílio de Sandra (Maria Luiza Mendonça), sua amiga da época da faculdade, que financiou todo este empreendimento. Por meio de flashback alguns trechos da adolescência do cientista são relembrados ao poucos, até que Zero resolve testar pessoalmente sua invenção. Ele volta 20 anos ao passado para tentar mudar justamente a parte de sua história que lhe incomodava: a vergonha que passara no palco de uma festa da turma de sua faculdade, provocada por Helena (Aline Moraes) pela qual Zero era, e ainda é, perdidamente apaixonado.

Ao modificar o passado e evitar a vergonha que o jovem tinha se traumatizado, Zero achou que ficaria com Helena tendo um "final feliz" assim que voltasse a sua época normal. Entretanto ele não esperava que sua vida no futuro iria se modificar por completa, e que sua relação com Helena já teria se encerrado por próprios erros. Zero viu que quando alterou seu passado, consquentemente seu futuro também mudou. Tinha se tornado um dos homens mais ricos do mundo, e mantinha em segredo também um acelerador de partículas, de autoria de sua amiga pessoal e então parceira em seu negócio; Sandra.
Novamente então o rapaz voltou a exatamente 20 anos atrás, e enfrentou novos problemas para modificar outra vez o passado. De maneira com que o filme ia se tornando um pouco cansativo, Zero ia contracenando com diversas personagens de sua vida na tal festa de faculdade. No fim Helena acaba por beijar o Zero do futuro, e confiar que em exatos 20 anos o casal se encontraria novamente para então sim se tornarem "felizes para sempre". O passado foi concertado, Zero continuava um cientista, que corria para cumprir o combinado de encontrar Helena em duas décadas. Eles se encontram no aeroporto, se beijam e começam a viver finalmente a história de amor, tão comum em filmes de jovens, entre o nerd e a menina popular.

João e Helena parecem finalmente terem conseguido a tal felicidade, conciliando a carreira profissional com a vida amorosa. O filme entretanto, é muito previsível e as vezes burocrático. Toma em determinadas partes um ritmo cansativo e previsível. A história já de conhecimento popular. Um homem que retorna ao passado para tentar mudar seu presente e acaba alterando coisas demais. A menina popular que humilha o garoto estudioso na faculdade. Há também uma pequena presença de humor, que poderia ser melhor explorada já que o longa não possui uma qualidade superior. Enquanto o roteiro pode-se dizer que é famigerado, os efeitos do filme são bons. O encontro das personagens interpretadas por Wagner Moura (que aliás sobra em diversas cenas) parece bem real. Houveram no ano passado alguns filmes nacionais de boa qualidade, dignos de premiações. O Homem do Futuro certamente não é um deles. Apenas se trata de um filme para entreter o telespectador da televisão, logo após ao almoço de domingo.
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