Foi no fim do ano passado, ou no comecinho deste, que vi no caderno Ilustrada, da Folha de S. Paulo, uma bela matéria sobre a antiga série de livros Vaga-Lume, da editora Ática. Apesar de não ser da minha geração, me familiarizei com algumas das obras que foram citadas na reportagem. Lembro de ter lido quando criança uns 3 ou 4 livros da série, mas não me recordava da história de nenhum deles especificamente.
Na semana seguinte, arrumando uns papéis, revistas e cadernos pelo quarto, me deparei com a conhecida capa dos livros da série Vaga-Lume. Quem diria, eu tinha um exemplar comigo... Talvez já o tivesse lido também. Mas não lembrava dessa história: A Primeira Reportagem.
O livro é curtinho, gostoso, e vai fácil em 1 semana. Eu enrolei para começar a leitura, tinha coisa pra resolver, fui adiando... adiando... até que peguei pra ler, e quando vi, já tinha lido. A narrativa é interessante, e se passa em São Paulo. Tem como protagonista um jovem, que inicia a carreira de jornalista e logo vive uma aventura. Há também outras personagens curiosas, que dão o contexto da história.
O único porém fica na linguagem empregada, um pouco incomum às crianças (pelo menos as de hoje). Mas o texto é tão feliz em seu enredo, que nos permite devorá-lo. Um roteiro bem construído, bem escrito. Méritos ao Sylvio Pereira. Um livro feito filme de suspense, mas com a magia das palavras.
Indicado não só às crianças. É também pra quem gosta de recordar a infância, e a simplicidade que ela é. Tal qual um livro de 96 páginas, repleto de imagens. Com aquele cheirinho particular de papel velho...
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