É com certa saudade antecipada, e com bocado de tosse também, que termino de fazer minhas malas. Tô indo embora de novo. Desta vez pra fora deste estado tucano. Desta vez pra um lugar que eu nem conheço.
Pois é, finalmente, após 8 anos de ensino fundamental, 3 de ensino médio, 1 de cursinho, posso dizer que estou indo estudar algo que faça algum sentido pra mim. Enfim sentar pra aprender algo que eu goste, que possa ser útil a mim, que me faça menos inútil aos outros. Ou não. Se foda. Vou do mesmo jeito. Não é só estudar. É me adaptar a um lugar novo, a uma cultura - isso aí, sem aspas mesmo - diferente, a uma gente que eu não conheço ainda. Vou nessa aí. Quero viver sem obrigações. Sem cumprir nada que não me desperte interesse. Aliás, quero é ver se isso é realmente possível, porque até agora isso não me foi. Vou tirar a prova se sou tão responsável quanto me julgo.
Aproveitei janeiro para estender as "férias" de dezembro. Vagabundear no melhor estilo. Engordei. Dormindo tarde, as vezes bem mal por sinal, acordando mais tarde ainda. Aguardei os resultados dos vestibulares que decidiriam meu 2015. VES-TI-BU-LAR! - ai, como eu odeio essa palavra... Só de saber que não irei mais ouvir falar dela já me faz ter um motivo a menos para não sorrir. Então, acabei passando em alguns, em outros não. Comemorei um pouco. Tive dúvidas, muitas dúvidas. Ainda as tenho. Mas vou seguir meu coração. Tentei me aproximar de amigos que ano passado estavam distantes. Desfazer-me de coisas. Baixar música do YouTube. Me apegar a pessoas. E vi que o tempo transforma muita coisa que a gente chama de amizade. Tentei também ouvir os sambas do carnaval. Me decepcionei outra vez.
É pra isso que existem as mudanças. Pra que você não se acostume com uma rotina desagradável e possa sempre ter aquele planejamento, lá no mundo das ideias, de que alterando o cenário da peça o roteiro e os atores acabam sendo diferentes também. Sei lá. O Brasil-são é tão grande e eu aqui preso em SP. Sem perspectiva de água. De ar limpo. De carnaval bom (e barato). Ah, tô fora. Se a melhor coisa é poder viajar e se livrar do estresse de São Paulo, por que não fazer da vida uma longa viagem com algumas voltas e escalas estratégicas? Hein?
Se não der eu volto. Se der, volto também. Não sou de desistir fácil desse planejamento de uma vida inconstante. Só pra constar, aos amigos - só os verdadêro - que quiserem me visitar em Florianópolis, minha nova casa estará sempre aberta, basta trazer cerveja!
Até algum dia.
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