Meninas do Handebol fazem a festa em quadra
No entanto, o belo ano esportivo do Brasil como um todo foi manchado no final dele. Não dentro de quadra, de campo ou de pistas. Não. Foi manchado dentro de um tribunal. Outra vez. O fatídico Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que juntamente com a lastimável Confederação Brasileira de Futebol (CBF), conseguiram rebaixar um time que jogou o campeonato brasileiro suficientemente bem para não ser rebaixado à série B, e que porém irá disputá-la em 2014. E, no lugar desse time que fez campanha para ficar na primeira divisão, salvou um clube que não mereceu - devido a sua classificação ruim na tabela final - permanecer na elite do futebol brasileiro.
Torcedores da Portuguesa mostram sua indignação
O time que caiu mas não deveria é a Portuguesa (sim, sempre a Portuguesa!). E o time que caiu, mas ficou é o Fluminense (sim, o FluminenCe... rs). A Lusa, na última rodada, já praticamente sem chances de ser rebaixada, utilizou um jogador - por cerca de 10/15 minutos apenas - que estaria impedido de jogar. O jogador teria tomado uma suspensão, e não deveria estar em campo, mas por erro de comunicação (sabe-se lá de quem) acabou participando de um jogo que nada valia. Estranho, não? Mais estranho ainda é punir com o rebaixamento um clube por uma bobagem como essa que nem ao menos interferiu no resultado do jogo, quanto mais do campeonato. Um julgamento totalmente desproporcional que, claro, gerou polêmica.
Enfim, o que fica de toda essa história é que o cenário nacional de futebol necessita urgentemente de mudanças. Dos outros esportes não sei, provavelmente precisem também; mas o futebol (talvez por ser o esporte do povo e da mídia) é o que fica mais evidente. Novos ares foram dados a CBF recentemente, mas que na prática pouco se alterou. Cria-se, há tempos, uma espécie de máfia do futebol, conservadora, que não toma medidas que deveriam ser tomadas. Quem acompanha o futebol sabe, e também torna-se cético quanto às mudanças. O Campeonato Brasileiro em pontos corridos é um dos pontos que precisa ser revisto, por exemplo. Extenso, torna-se chato, com uma quantidade desnecessária de jogos; uma espécie de cópia ao modelo europeu, que talvez por interesse de empresários que lucram com isso, não muda. Agora então, a Copa do Brasil também fora "engordada"; absurdamente os clubes que disputaram a Libertadores puderam entrar nela também. Isso a desvaloriza. Sem contar os campeonatos estaduais que vem sendo minimizados a pré-temporadas, tendo sua relevância minimizada pelos dirigentes dos clubes. A lista é enorme! Assim, descontentes também, sem direito a férias ou descanso, os jogadores se uniram por melhores condições e fundaram o Bom Senso FC. Longe deles serem o ideal para a mudança que tem de ocorrer no esporte nacional, mas é um indicativo extremamente forte de que "do jeito que a coisa tá, num pode ficá".
Quem perde com tudo isso é, sobretudo, o público esportivo; que cada vez mais vai se afastando de uma paixão por descordar (e desconfiar) do que ocorre na parte interna. É o meu caso. Infelizmente.
E olha que eu nem falei da FIFA, hein? rs
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