Preciso de ti café
Que é pra acordar
Preciso só porque me fizeram acreditar
Que o dia só se inicia após o primeiro gole
Que a vida é sempre sofrida,
Que num se pode dá mole
- Então engole!
O corpo pede
O copo cede
A boca cede
A boca é sede saciada sem dó
No teu pó
Torrado e moído
Passado e, agora, líquido
Que os meus olhos alegam não mais abrirem sem
E liquidado,
Pois, acordado, da cafeína eu continuo refém
A bocejar de manhã
-Aaaaaaaãnh
Como se chamasse teu nome
O pior é quando tu escutas e vem
E nem sacias minha fome
Só me consome!
Forte... que é pra deixar ligadão
Amargo... pois a vida num é docinha, não
Quente... pra entrar em conformidade com a temperatura do meu coração
Que lhe suplica,
Clama,
Chama,
GRITA...
Assim que o néctar derrama,
Jorras dentro da xícara
Sua dose matinal de petróleo.
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