Na ida do rolê eu vim atento pra descobrir certinho em qual ponto saltar, porque eu até conheço Moreira César, mas desconhecia a goma do moleque. E o mapa que ele tinha mandado pro meu parceiro, pelo whatsapp, era rasurado e feito a mão, não ajudava muito.
A senhora sentada mais a frente no ônibus se levantara para descer. Ela tentava acionar o botão que sinaliza a parada. Em vão. Decerto estava quebrado. A tia ainda tentou alcançar o cordãozinho do alto, que sinaliza também. Puxei a cordinha para ajudá-la. Ela ouviu o barulho da parada solicitada e veio pra perto de nós, na porta. Saltamos os três.
- Deve ser aqui
- E você já fez a sua boa ação do dia né, disse o mano que tava junto
- E já tem uns dia, viu?
De fato era naquele ponto. Encontramos o moleque e a casa dele. Só que estando de busão, tínhamos que voltar pro ponto antes da meia-noite e meia.
A gente até que tentou. Assim que pisamos na avenida o latão passou acelerado. Já era. A noite nos lembrou que seria longa. E a caminhada mais ainda. Em Pindamonhangaba não tem Madrugadão. Nem rola carona. E de Moreira até o centro tem uns quilômetros...
Conformados com a ideia de andar até os pés doerem, nós partimos. A estrada estava tranquila. Não parecia 1 da manhã de uma sexta-feira.
Eu já me distraía calculando o tempo da rota até em casa.. até que um carro preto diminiu no acostamento e parou ao nosso lado:
- Tão indo pro centro?
Nenhum comentário:
Postar um comentário