Os colegas de curso, e de faculdade como um todo, são mais abertos. Mente aberta. Coração talvez. Acho que a maturidade traz isso. Não que os assuntos das conversas seja mais cult, longe disso até. Mas a forma de dialogar é diferente. Outra coisa expandida aqui é o universo cultural. A diversidade de movimentos políticos e sociais, festas, bandas tocando pelo campus, rodas de violão, rodas de capoeira, feirinhas, atividades esportivas ou culturais. Não é só uma galera alternativa. Mas uma grande alternativa pra galera que tem o mínimo de questionamento sobre a realidade em que vive, e a disposição de alterá-la.
Em quatro semanas de curso já fiz(emos): uma reportagem em vídeo sobre a dificuldade dos estudantes em adquirir bolsas, dois boletins esportivos na rádio sobre as rodadas do futebol brasileiro, uma boa conversa seguida de entrada ao vivo na Rádio Guarujá, uma entrevista com um diretor de teatro e que será transformada mais tarde numa notícia, algumas pautas aleatórias e até cheguei a trocar uma ideia com o Sombra, por telefone! Um jornalismo na prática. Muito diferente do que eu imaginava que seria nesses primeiros dias. Algo do tipo: ler e dissertar sobre dois livros por semana. Apesar de certa liberdade nas leituras, estou direto lá na Biblioteca pegando algo que me chame atenção. Sem relação com as aulas, porém curiosamente os dois melhores livros que li até agora foram escritos por jornalistas: "Cidade Partida - Zuenir Ventura" "De Pernas pro Ar - Eduardo Galeano". Ou seja, apesar de achar algumas aulinhas de Artes Gráficas e Foto um porre, cada vez me vejo mais dentro desse rótulo profissional. E menos no tal mercado de trabalho.
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