Cola cum Fróis

Escrevo pela necessidade de me livrar das palavras | @_dudufrois

quarta-feira, 3 de julho de 2013

A melhor das Copas das Confederações

Pois é... Quem apostaria no título brasileiro da Copa das Confederações, aqui em casa? E logo contra a poderosíssima Espanha! Eu apostava sim...

Muita gente não acreditava no começo, mas logo mudou de lado ao ver a seleção jogar bonito de novo. Felipão assumiu como treinador não faz muito tempo, e ainda não tinha embalado. E o brasileiro sentia isso. Faltava aquele belo futebol. Faltava a jogada que levanta a galera. Faltavam jogos emocionantes. Faltavam belas vitórias. E faltava, claro; gol.

Teve de tudo isso e mais um pouco, aqui "em casa". Em meio a uma onda de protestos e reivindicações ao longo de todo país, foi disputada a Copa das Confederações; que trata-se de um evento da Fifa que reúne as seleções campeãs dos torneios continentais + a campeã do mundo e o país sede. Curiosamente: Espanha e Brasil. Mas jajá a gente fala um pouco mais sobre essas duas aí...

Dentro dos estádios, festa. E do lado de fora protesto e repressão.

A Copa começou no dia 15 de junho, em Brasília. E passou por Salvador, Recife, Pernambuco, Fortaleza, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Ao todo, participaram 8 seleções. 4 delas, eliminadas na primeira fase: México, Japão, Nigéria e Taiti. Duas delas, México e Japão, jogaram muito bem e devem voltar para a Copa do Mundo. Nigéria não jogou mal, mas precisa acertar a pontaria. E o Taiti... bom; o Taiti viajou, conheceu o Brasil, levou certo(s) (gols) aprendizado e conquistou a torcida. Restaram então nas semi-finais: Brasil x Uruguai e Espanha x Itália.

Dois confrontos de seleções do mesmo continente. Dois confrontos que possuem muita história.

O Brasil, que depois de três jogos e três vitórias, veio ganhando confiança e reconquistando seu torcedor, chegou à semi como favorito. E quase não passou. O Uruguai, que é velho conhecido nosso, e famoso por truncar e catimbar as partidas; fez jogo duro, como não poderia deixar de ser. Fred anotou um de canela. Júlio César, antes questionado como goleiro titular, agarrou pênalti. O capitão Thiago Silva deu assistência pro gol de empate uruguaio. Mas no final (sempre no final), Paulinho estava lá pra marcar, feito centroavante! Brasil na final, em casa.

Neymar, tentando encobrir o goleirão uruguaio Muslera. Não encobriu, mas deu em gol!

Do outro lado da chave; Espanha e Itália faziam um jogo bonito, equilibrado. Lá e cá. A Itália tentava, mas não chegava com muito perigo. A Espanha tinha o controle da bola, mas sequer chegava. Um  0 x 0 anunciado no primeiro tempo. Na prorrogação até rolou uma bola na trave pra cada lado, mas não teve jeito... Pênaltis! E um show de cobranças. Todos acertaram as 12 primeiras. Até que um italiano - sempre eles... - isolou, e botou a Espanha na final. Ah se Mário Balotelli tivesse em campo... Mas não estava, e a Espanha enfrentaria o Brasil, em pleno Maraca.

Antes, porém, houve a disputa de terceiro lugar. Jogão também. Uruguai e Itália deram uma aula de cobranças de falta. Dois times tradicionalmente retranqueiros que levaram a disputa para os penais. Na hora das cobranças, brilhou toda a categoria e experiência do goleirão italiano Buffon, que defendeu 3 cobranças do Uruguai. A azzurra é 3ª colocada. No mesmo dia, só que mais à noite, no Rio de Janeiro, seria a vez da grande final. Logo após a cerimônia de encerramento.

Enquanto escurecia, a expectativa já era grande por parte de cá. Brasileiros; ora estavam esperançosos com o novo gás que este time tinha tomado, ora eram subestimados pela grandeza do adversário. Mas ninguém subestima campeão do mundo, amigão. Ainda mais o maior deles. O Brasil logo começou o jogo com gol. Assim como fez em TODOS os outros jogos. E não teve espaço pra Espanha. Não teve o tal tique-taque. Os espanhóis, los campeones del mundo, é que se impressionaram com o tamanho do Brasil. Desde o Maracanã todo amarelo, passando pela a torcida cantando o hino à capela. Ali o país marcava seu gol!

Iniesta até tentou, mas não deu, não. Pedro até iria fazer o gol, mas David Luiz não permitiu, não. E de pênalti poderia sair o tento espanhol, mas como disse um comentarista de televisão "pênalti mal marcado não entra", não. E não entrou nada, não! A defesa se fechou como nunca. O meio campo articulou como deve. E o ataque brilhou. Seja com Fred ou com Neymar, o gol saiu. E não foi só um, não. Foram três. Três bolas na rede da seleção que jogava o dito melhor futebol do mundo. A Espanha não teve vez.

Fora 93 ou 94 minutos intensos. Todos dominados pelo Brasil. Não deu outra. Foi sim um jogo disputado. Mas não tinha como ser diferente. O Maracanã comemorou o título lá dentro. E aqui fora o Brasil comemora aos poucos às vitórias políticas. É, os tempos estão mudando novamente!


Lá dentro, inclusive, teve voluntário/manifestante, haha! Conseguiram (brilhantemente, diga-se de passagem) levar uma faixa com os seguintes dizeres "Imediata anulação da privatização do Maracanã". (Acima, a foto.) Claro que a segurança da Fifa os retirou, mas valeu a mensagem. Não sei se vão anular a privatização do Maraca, mas ficou no ar a reivindicação justa. Ainda mais em tempos de "crise" para certos endinheirados empresários cariocas. 

A Copa das Confederações foi um sucesso. Por manifestações e pelo título. O povo tá ligado agora, e a seleção também! Clima excelente para se chegar em 2014: ano de Copa e de Eleição. 


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