Cola cum Fróis

Escrevo pela necessidade de me livrar das palavras | @_dudufrois

quinta-feira, 21 de maio de 2020

(Re)significar

Recolho pedras no caminho
Pra cimentar meu sonho
Aguçar os meus sentidos
Deles me componho
Busco a ferramenta
Sinto o gosto do gelo
E o cheiro do fogo 
 (Re) significar o que
Ninguém mais lembra
Pra ficar óbvio denovo





terça-feira, 5 de maio de 2020

Solitário Caminho

Tudo é ambíguo
Na sua própria existência
Inclusive o indivíduo
O que ele faz, e
O que ele pensa

Em tempos de indiferença
Questiono certezas
Buscando as verdades
Ideias contra a correnteza
Pra desrepresar olhares

Do coletivo e sua pluralidade
E da partícula que se divide
Nasce a continuidade 
Brota a vida num encanto
Surge o amor e o desencanto

Qual será a origem do mal? 
E a do bem?
Afinal, de onde a gente vem?
Senão de caminhos,
E de encontros...
Ainda que sozinhos.


Dias melhores

Disposição de multidão,
Pra suportar a violência
E a imposição da solidão
É pra manter a essência
Independente de padrão,
De patrão ou paredão
Liberto a mente da razão
Fico com a intuição

Vendo as coisas como são
Sem pressão, opressão...
Muita ação sem reação
Sigo essa convicção
Jesus era subversão
E hoje teria aversão
Dessa diferenciação
Da fé em negociação

O que é artificial
Soa superficial...
Mas essa é só uma opinião
E memo não sendo consenso
Dias melhores virão...
Que junto venha o bom senso


A Cura

Trago doses de poesia 
A quem não pega a visão
Vacina rara nesses dias
De mentira e exclusão
São sonetos de um olhar
Simples como uma oração

Cartelas cheias de elegia
Que dão voz ao coração
Um remédio aos ouvidos:
Caixas e caixas de crença
Carrego versos comprimidos,
Antídotos contra a indiferença!

O meu remédio é natural,
Comum de se encontrar
Na área urbana, na rural
Basta a gente procurar.
Escondido em todo canto
A cura dessa sociedade
É o sorriso invés do pranto
A mais pura simplicidade



Verbalizo-me

'Em dias de luta 
Encaro a disputa
Não mudo a conduta
Mirando na glória.

Por cima do ego
Embaixo do teto
Meu medo eu enterro
Junto das memórias.

E passo a passo
Eu penso que posso
Mais do que posse
Que isso tudo é nosso.

Assim antes fosse
Viver sem remorso
O sonho mais doce
Levando no dorso

O que falta no bolso
E sobra no verso
E solta-se o verbo...
Querer é poder?

Então verbalizo!
No tempo presente
Me auto-analiso
Na linha de frente,

Respiro e me inspiro 
Despido de egoísmo
Eu digo, repito
E me contradigo'