Cola cum Fróis

Escrevo pela necessidade de me livrar das palavras | @_dudufrois

sábado, 15 de setembro de 2012

O Palhaço

Começo as postagens de fato falando sobre este famoso filme nacional lançando no ano passado, mas que porém só o fui assistir hoje.



O filme de Selton Mello traz um enredo muito bom, tendo como cenário principal um modesto circo que perambula por cidadezinhas do interior do país encantando adultos e crianças. Uma tradição que infelizmente está diminuindo cada vez mais, e que não pode se acabar. No fictício Circo Esperança, os palhaços Pangaré (Selton) e Puro Sangue (Paulo José) encabeçam os artistas da trupe. Porém, Benjamim - o palhaço Pangaré - está visivelmente descontente com a vida que vem levando, construindo a conhecida figura de um palhaço entristecido que apesar de seus sentimentos internos, por fora precisa parecer o cidadão mais alegre e engraçado do mundo.

Benjamim então aparece mais descontente a cada espetáculo, culminando numa apresentação que só não foi desastrosa pois seu pai Valdemar, - Puro Sangue - se saiu muito bem ao improvisar diante da platéia. Após isso, apesar de ser contra a vontade de toda a trupe, o Circo e Pangaré seguem rumos diferentes. Tentando buscar sua identidade (literalmente) e começar uma nova vida, o até então palhaço busca a redenção numa cidade chamada Passos. Benjamim não ficou por muito tempo lá, e de surpresa retorna no meio de uma apresentação do pai, deixando implícito a quem assiste que ele finalmente achou sua verdadeira vocação: a de fazer rir. Com isso o Circo Esperança voltou a ter em seu espetáculo suas duas maiores estrelas: Pangaré e Puro Sangue.

O longa tem alguns momentos cômicos, porém não chega a ser uma comédia. Em seu elenco ainda conta com a engraçadíssima participação de Jorge Loredo; entre outros bons atores, mesclando alguns jovens e nomes conhecidos. Outro destaque fica por conta da trilha sonora. Belíssimos arranjos canções ilustram as filmagens. Já roteiro é bom, entretanto me parece que poderia ao menos ser melhor explorado, principalmente em seu desfecho. Nada mal para apenas a segunda direção de Selton Mello. É isso, o show tem que continuar.

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